étudojunto?comousemhífen?
vamosláaverseconseguemdecifrarestaslinhitas.não?pudera,semcontarcomoluxodeumapontuaçãomínima(nãoconsigoresistir-lhe)nãoestouafazeroquedeveria:carregarnatecladeespaço.zeroespaços.oresultadoatétemgraça.
E porque vos submeto a esta tortura? Para serem solidários comigo e sofrerem das mesmas agruras que sofro quando vejo casos como “concerteza” ou “benvindo”. Não havia tecla de espaço nesses computadores? Sabem, aquela tecla esticadinha entre o ALT e o ALT GR?
Com certeza é uma locução adverbial demonstradora de concordância e que, como qualquer locução que se preze, tem duas ou mais palavras. No segundo caso, o que faz falta é a tecla do hífen, logo ali na vizinhança da outra… Bem-vindo ou bem-vinda é uma palavra justaposta — portanto, obrigatoriamente ligada por hífen. Portanto, nada de “benvindo” ou de “bem vindo”, como já vi num espaço comercial da nossa cidade: ou somos bem-vindos ou somos coisíssima nenhuma. A propósito, e em inglês, welcome é tudo junto e só com um L.
Isto das teclas de espaço e de hífen permite extrapolar para outro campo. Porque, na verdade, a língua é como a vida real. Tal como as palavras precisam de espaços para se poderem ler os seus significados, também nós precisamos. De dar e receber espaço q.b. para viver, verdejar, florescer; e q.b. para não sentirmos solidão. Um lugar-comum, eu sei, mas não custa lembrar. E descansem, que isto da palpitante veia poética é raroacontecer.olhem,queremverqueseescangalhouatecladeespaço?...
Publicado no Açoriano Oriental de 26 Out 08
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